No dia em que é comemorado o Dia do Goleiro (26 de abril), uma iniciativa social apoiada pelo Governo de SP mostra a importância da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte na formação de meninos e meninas com idade entre 7 e 17 anos que sonham em um dia defenderem profissionalmente um grande clube de futebol.
Trata-se do projeto Escola de Goleiros Camisa 1 do município de Americana, interior paulista. Fundada em 2008 e há cinco anos beneficiada pela lei estadual que permite que empresas invistam de 0,01% a até 3% do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na promoção de projetos esportivos aprovados pela Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo.
E a aplicação desses recursos em projetos desportivos e paradesportivos distribuídos pelo Estado tem mudado a vida de famílias em diversos municípios paulistas, entre elas a dos jovens Gustavo Brambila e Lorenzo Biancard, alunos da Escola de Goleiros Camisa 1.
Gustavo participa do projeto em Americana desde 2015 e conta como a escola tem contribuído para sua formação. “Comecei por conta do meu avô e aqui eu aprendi a ter caráter e determinação para ir em busca do meu sonho que é me tornar goleiro profissional”, disse.
Com um pouco menos de tempo no projeto Lorenzo vai além. “Eu não conseguia fazer nada quando cheguei aqui. Eu ajudava pegando as bolas do chão. E eles foram me ajudando em tudo o que sei”, disse.
Lorenzo sofreu com a síndrome de Guillain Barré, um distúrbio em que o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, conta a farmacêutica e mãe Thais Biancardi. “Fui orientada a procurar pelo projeto e aqui meu filho foi muito bem acolhido”, disse. Inspirado no goleiro Cássio, Lorenzo já sabe onde quer chegar. “Meu sonho é jogar no Corinthians”, diz.
Desde a criação da Lei, em 2010, o Governo de SP já apoiou por meio da renúncia fiscal mais de 2 mil iniciativas. Em 2022, foram 215 projetos, 130 mil pessoas diretamente impactadas em 108 municípios paulistas, a partir de 60 modalidades esportivas desenvolvidas. A renúncia fiscal do Estado para projetos do tipo chega a R$ 60 milhões por ano.
Para o fundador da escola de Goleiros Camisa 1, o educador físico e preparador de goleiros Vander Batistella, ser beneficiado pela lei estadual mudou a rotina do projeto. “Foi um grande divisor de águas porque possibilitou valorizar e ampliar o nosso projeto, criando condições de atender mais jovens, e isso é muito importante”, destaca.
Desde sua fundação, a escola já contabiliza mais de 4,5 mil crianças e adolescentes atendidos nos municípios paulistas de Americana, Sumaré, Santa Bárbara D’Oeste, Nova Odessa, Limeira e Piracicaba. A escola é considerada atualmente a maior do Brasil e da América Latina para o desenvolvimento de atividades desportivas gratuitas voltadas à formação de goleiros.
A Escola de Goleiros Camisa 1 revelou profissionais para o futebol nacional e internacional. A galeria de talentos inclui nomes como Pegorari, ex-base do Palmeiras e ex-Juventude, Georgemy, com passagens por clubes portugueses, Guarani, Boa Esporte, CRB, Vila Nova e, atualmente no Novorizontino, e Daniel Fuzato, ex-Roma e Palmeiras, que atualmente defende o Ibiza, time da segunda divisão espanhola.
Desenvolvimento e habilidades
As inscrições para o projeto ficam abertas o ano inteiro, mas têm fila de espera. Para efetivar a matrícula a Escola de Goleiros Camisa 1 aplica uma breve entrevista para conhecer o contexto dos alunos. “O nosso trabalho técnico é bastante específico, então o nosso aprendizado envolve vários detalhes e etapas de aprendizado”, explica Batistella.
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