Pai e filho: uma vida inteira dedicada ao trabalho no campo

Neste Dia dos Pais, conheça a história do produtor rural Luciano Aparecido Santos e seu maior exemplo de vida, o pai Joaquim dos Santos

“Meu pai sempre foi um visionário”. É assim que o produtor rural Luciano Aparecido Santos descreve o patriarca da família, Joaquim dos Santos, que dedica toda sua vida ao cultivo da terra. Nesse Dia dos Pais, Luciano e Seu Joaquim têm muito a comemorar. A família, de origem alemã, se orgulha por ter conseguido dar continuidade ao trabalho de seus antepassados que chegaram ao Brasil, há quase 200 anos, e se instalaram na região de Parelheiros, zona Sul de São Paulo.

Além disso, o filho do seu Joaquim está prestes a realizar um antigo sonho, se formar em Agronomia. “Sempre quis fazer faculdade, mas nunca tive coragem de deixar de ajudar meu pai na propriedade para estudar fora”, revela o agricultor.

Ele explica que há alguns anos, com a instalação de um polo universitário próximo à região de Parelheiros, foi possível prestar o vestibular e se matricular no tão sonhado curso de agronomia. É tanta dedicação que as aulas práticas da turma do Luciano são ministradas dentro da propriedade dele. “Trabalho com meu pai desde que me conheço por gente, com 10 anos eu já dirigia o trator na propriedade. Minha paixão é a terra”, ressalta.

O amor pela terra, veio do pai, seu Joaquim que durante muitos anos plantou hortifrutis na propriedade. Mas na década de 1990, passou a produzir plantas ornamentais, de olho nos ganhos que a venda direta lhe daria. “Ele começou vendendo árvores natalinas na Ceagesp de São Paulo nos finais de ano. O negócio cresceu, meu pai vendia em São Paulo, Campinas e Holambra, foram 27 anos na atividade, nossa região se tornou polo de plantas ornamentais”, relembra Luciano Santos.

Mas, há alguns anos, pai e filho, que se tornaram sócios no negócio, resolveram dividir as terras. Luciano seguiu com as plantas ornamentais e recorreu a uma das linhas do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP) para modernizar o negócio.

Com apoio da Casa da Agricultura de São Paulo, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) Regional Santos, há mais de dois anos, Luciano renovou o maquinário. “O recurso deu um ‘boom’ na propriedade. Hoje, recomendo aos produtores da região que busquem o FEAP para investir na propriedade.”

Vale lembrar, que as linhas de financiamento do FEAP, disponibilizadas pelo Governo de São Paulo, via Secretaria de Agricultura, têm juros de apenas 3% ao ano e carência de até 12 meses para pagar, são as mais baixas do mercado.

As irmãs do Luciano, que até então não trabalhavam na terra, hoje se dedicam ao turismo rural em uma parte das terras da família. No local, onde é oferecido café e almoço colonial, pequenos animais são um grande atrativo para os turistas que vão a Parelheiros.

E se os negócios dos filhos vão bem, a propriedade do Seu Joaquim não fica atrás. Há seis anos ele voltou a produzir alimentos, mas com foco na agricultura orgânica, como raízes e tubérculos. O filho Luciano, conta que sempre que pode ainda dá uma forcinha para o pai, que já está com bastante idade, mas segue na lida diária da propriedade. “Meu pai sempre diz, o mais importante é plantar algo que vai matar a fome de alguém.”