Após um ano em funcionamento, o Super Centro Carioca de Saúde celebra, em outubro de 2023, os números alcançados na busca por melhorar a qualidade de vida dos cariocas como, por exemplo, ter zerado a fila do Sistema de Regulação (Sisreg), compreendida entre os anos de 2016 e 2021. Em 2020, havia 610 mil pessoas que esperavam um procedimento médico por até quatro anos. E até o fim deste ano, a Prefeitura do Rio vai atingir 2,2 milhões de ofertas de vagas no Sisreg, o triplo da registrada em 2020.
Até setembro deste ano, o complexo de saúde, localizado em Benfica, já realizou 530.798 atendimentos/procedimentos em suas três unidades – Centro Carioca de Especialidades (CCE), Centro Carioca do Olho (CCO) e Centro Carioca de Diagnóstico e Tratamento por Imagem (CCDTI). Com isso, também reduziu o tempo de espera na fila do Sisreg, que em alguns casos já foi de mais de quatro anos, para até 12 meses.
Primeira unidade do complexo a ser inaugurada, em outubro de 2022, o Centro Carioca de Especialidades (CCE) já fez 122.370 atendimentos, 13.885 exames e 11.778 procedimentos cirúrgicos até o momento. Em 6 de fevereiro deste ano, as duas outras unidades, CCO e CCDTI, também foram abertas e o Super Centro Carioca de Saúde passou a ter funcionamento integral.
Desde então, o CCO fez 71.457 atendimentos, 2.437 cirurgias e 160.566 exames. Já no CCDTI foram 5.183 atendimentos e 127.604 exames. Com isso, o Super Centro Carioca já é a unidade com o maior volume de vagas ofertadas no Sisreg no município do Rio de Janeiro e foi primordial para fazer andar filas para procedimentos e especialidades, como cirurgia de catarata, tratamento de glaucoma, cardiologia, neurologia, pneumologia, nefrologia, ortopedia, angiologia, entre outras.
Meta era acabar com demanda reprimida
A abertura do Super Centro Carioca de Saúde foi uma das medidas adotadas pela Prefeitura do Rio para zerar a demanda reprimida anterior no Sisreg e reduzir os tempos de espera para consultas e procedimentos. Desde 2021, a atual gestão investe na ampliação do acesso à atenção especializada e, com isso, triplicou o número de procedimentos agendados e executados no Sisreg, a partir de estratégias que vão desde a reestruturação e ampliação de serviços próprios, licitação e compra de procedimentos. Depois do Super Centro, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla (HMRG), ampliado pela atual gestão, é a unidade com a maior oferta no Sisreg, saindo de 27.363 vagas abertas em 2020 para 147.318 em 2023 até agosto.
Outras medidas da Secretaria Municipal de Saúde para a ampliação da oferta de vagas foram as aberturas de 14 centros especializados, entre eles Centro de Especialidade em Cirurgia Pediátrica do Hospital Jesus, Centro de Especialidade em Ortopedia do Hospital Municipal Barata Ribeiro, Centro de Especialidade em Cirurgia Ginecológica do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, Centro de Infectologia da Policlínica Hélio Pellegrino e Centro de Referência em Cirurgia Geral do Hospital Municipal Francisco da Silva Telles.
A evolução da oferta de vagas no Sisreg
Em dezembro de 2020, a cidade registrava um tempo de espera no Sisreg para consultas e procedimentos especializados que em alguns casos podia passar de quatro anos. A fila no sistema correspondia a 340.550 solicitações, porém outras 269.024 pessoas tinham sido devolvidas para as unidades de Atenção Primária e também aguardavam agendamento. Considerando o somatório de todas as solicitações no Sisreg e as paradas nas clínicas da família e centros municipais de saúde, havia 609.575 pessoas à espera de algum agendamento em 2020.
De 2020 para 2023, a Secretaria de Saúde praticamente dobrou a oferta de vagas no Sisreg, saindo de 799.591 para 1.516.978 até agosto deste ano, com projeção de triplicar e chegar a 2,2 milhões ao fim do ano. Os procedimentos realizados na rede municipal foram os que tiveram maior acréscimo no período, saindo de 606.425 (76% de todas as vagas disponibilizadas no Sisreg em 2019) para 1.312.439 nos oito primeiros meses deste ano (87% do total de vagas).
Para as especialidades que representavam os maiores gargalos em 2020, houve um incremento de 145% na oferta mensal, atendendo mais pessoas e reduzindo o tempo de espera. Consulta em ortopedia, por exemplo, chegou a ser a maior pendência registrada em 2020, com uma fila de 15.302 pessoas e disponibilização de apenas 1.058 vagas por mês, resultando em um tempo médio de espera de 275 dias. Em 2023, com o incremento de 555% de vagas para a especialidade (5.877 novas vagas mês), o total de solicitações pendentes reduziu para 523 pessoas e o tempo de espera caiu para 49 dias em média. Densitometria óssea era outro gargalo, com 3.920 na fila e tempo médio de espera de 204 dias. Atualmente, são 304 pessoas aguardando e a espera pelo exame está em apenas 28 dias.
O mais moderno complexo de saúde pública da América Latina
Inaugurado no início de outubro, o Super Centro Carioca de Saúde, em Benfica, na Zona Norte, é o mais moderno complexo de saúde pública da América Latina, com capacidade para realizar exames, consultas e procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Primeira unidade a entrar em funcionamento, o Centro Carioca de Especialidades (CCE) provocou avanços significativos na redução de filas que eram gargalos do Sistema de Regulação (Sisreg), como ortopedia, pneumologia, angiologia, alergologia, nefrologia e proctologia, por exemplo.
No início de fevereiro, foram inaugurados o Centro Carioca de Diagnóstico e Tratamento por Imagem (CCDTI) e o Centro Carioca do Olho (CCO). O CCDTI realiza 16 tipos de exames, incluindo o primeiro PET Scan da rede municipal. Já o CCO vai fazer até transplantes de córnea. Juntas, as duas novas unidades contam com cerca de 1.800 profissionais e têm capacidade de realizar 60 mil procedimentos por mês.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investiu R$ 250 milhões para a instalação do Super Centro Carioca de Saúde, que contribui para o fortalecimento do SUS no atendimento à população carioca.
O Super Centro Carioca de Saúde funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, e aos sábados, das 8h às 17h.
Encaminhamentos feitos somente pelo Sisreg
O Super Centro Carioca de Saúde fica em um complexo com três blocos de quatro andares cada. Cada uma das três unidades (CCE, CCDTI e CCO) está instalada em um dos blocos do complexo. O local está preparado para receber pacientes das unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) de toda a cidade, encaminhados exclusivamente pelo Sisreg, de forma integrada, resolutiva e sem burocracia, com data e hora marcadas.
O CCDTI conta com aparelhos de última geração para realização de 16 exames diagnósticos: ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia com doppler, biópsia, histeroscopia, mamografia, densitometria, ecocardiografia, eletroneuromiografia, espirometria, broncoscopia, colonoscopia, endoscopia, videolaringoscopia e panorâmica extraoral. Além disso, a unidade tem o primeiro PET Scan da rede municipal de saúde, aparelho com tecnologia de última geração para diagnóstico de câncer.
Para tomografias, um dos exames com maior demanda, o Super Centro tem 19 unidades avançadas do CCDTI espalhadas pela cidade, que já estão funcionando, mesmo antes da inauguração do prédio focal. A proposta é facilitar o acesso da população a esses exames e integrar todo o serviço de imagem da rede municipal de saúde. Mais de 116 mil exames de imagem (tomografias e raios-x) já foram realizados, fazendo a diferença na demanda desse exame. Os resultados e laudos podem ser retirados pelo usuário diretamente no portal minhasaude.rio.
Centro Carioca do Olho
O CCO é um centro de referência de uma das especialidades com maior demanda no Rio, a oftalmologia. A unidade conta com equipamentos de grande precisão e tem capacidade para realizar consultas, exames, tratamentos ou cirurgias, como catarata, córnea, estrabismo, glaucoma, retina, oftalmopediatria.
Outro serviço disponível na unidade e fundamental para a população é a Ótica Carioca, que faz a dispensação de óculos de grau para os pacientes. São 50 modelos de armação disponíveis e capacidade para fornecer 24 mil óculos por ano.
Mais uma grande novidade é que o CCO está se habilitando e preparando a operacionalização para que, ao longo de 2023, possa começar a realizar transplantes de córneas.