Local escolhido é a comunidade do Camburi que fica no extremo norte da cidade
Situada na última praia que pertence ao município de Ubatuba, no extremo norte, a comunidade quilombola do Camburi existe há mais de 150 anos e, em 2024, deve se tornar primeiro Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil de Ubatuba (Nupdec).
O local recebeu ontem, 27, a visita de representantes da Secretaria de Segurança Pública de Ubatuba, da Coordenadoria da Defesa Civil de São Sebastião e da Coordenadoria da Defesa Civil de Ubatuba para dar andamento ao projeto piloto e pioneiro na cidade.
O projeto consiste em formar núcleos em áreas de risco da cidade com moradores para prevenir ocorrências de desastres.
“Dessa maneira, a comunidade também se torna protagonista, pois saberá como agir no momento da ocorrência, com mais autonomia, até que os órgãos oficiais cheguem ao local”, pontuou o diretor da Coordenadoria da Defesa Civil de Ubatuba, Wagner Lopes.
Formação
Os Nupdec’s são formados por voluntários inseridos nas áreas de risco. Essas pessoas serão o elo entre a comunidade e a Defesa Civil, preparando-as para as respostas e a prevenção de anormalidade na área onde vivem.
“Esse elo traz, em tempo real, para a Defesa Civil, a situação da comunidade na hora da chuva e ajudam na tomada de decisão para saber quando e como agir e empregar melhor a contingência no município. Sem contar que o treinamento e a capacitação desses Nupdec’s vão ajudar a salvar vidas pois, até o poder público chegar a uma área que está isolada ou que está colapsada, pode demorar”, explicou o Coordenador da Defesa Civil de São Sebastião, Wagner Barroso.
A comunidade do Camburi, escolhida como piloto do projeto, comemorou a medida e contribui ativamente para a composição do Nupdec. “É importante descentralizar as ações da prefeitura em todos os âmbitos. Acredito que será bem produtivo e trará resultados positivos”, comentou o morador Juliano Santana.
“Espero que a Defesa Civil possa trabalhar juntamente conosco para evitarmos desastres naturais e ajudar toda a comunidade”, acrescentou outra moradora, Rosemara dos Santos.
Próximos passos
Lopes ainda compartilhou o planejamento das próximas ações pontuais, que são a confecção de placas de rotas de fuga para o local e, após essa instalação, realizar um simulado de evacuação dentro da área estudada.