A Copasa, juntamente com a Transplantar Tree, participou, nesta terça-feira (23/4), no Zoológico de Belo Horizonte, da cerimônia que formalizou a entrada da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de BH (FPMZBH) no acordo para aplicação do fertilizante orgânico, insumo resultante da transformação do lodo produzido pelo esgoto tratado na produção e plantio de mudas, visando contribuir para a recuperação de áreas degradas.
Além do anfitrião Gelson Leite, presidente da FPMZBH, estiveram presentes na solenidade para assinatura do acordo, Nelson Guimarães, superintendente de Desenvolvimento Ambiental (SPDA), e Frieda Keifer, engenheira sanitarista, representando a Copasa, e Ubiratan Nogueira, um dos sócios proprietários da Transplantar Tree, junto com representantes da Cemig, que é apoiadora do projeto, com o fornecimento de material vegetal da poda das árvores.
Logo na abertura do evento, Gelson Leite fez questão de agradecer, em nome da Prefeitura de Belo Horizonte, a oportunidade de fazer parte do projeto. “Usar o lodo das ETEs para transformá-lo em fertilizante orgânico é uma iniciativa extremamente positiva e que demonstra que a própria natureza traz soluções sustentáveis que servem, inclusive, para o desenvolvimento urbano. Por isso quero ressaltar a alegria com esse momento com a Copasa e parceiros”, ressaltou o presidente da Fundação Zoobotânica.
O superintendente da Copasa, Nelson Guimarães, explicou que “o lodo produzido pelo esgoto é um subproduto riquíssimo que temos e que pode aproveitado de diversas formas. Por isso é fundamental que mais parcerias como essa ocorram para o desenvolvimento de mais soluções sustentáveis”.
Desde junho de 2022, a Copasa e a Transplantar Tree possuem o Acordo de Parceria no projeto que usa um processo chamado compost barn. Nele, resíduos vegetais, como aqueles provenientes de podas de árvores, são misturados com a terra e formam uma espécie de cama de matéria orgânica, onde o gado é mantido. Com o tempo, esse solo vai se transformando em um pré composto que, posteriormente, é misturado ao biossólido proveniente do tratamento de esgoto, que também é rico em matéria orgânica, para ser usado como fertilizante.
Desse modo, o processo combina a compostagem de resíduos vegetais com a criação de gado de forma sustentável e em conformidade com parâmetros sanitários, e promove tratamento e destinação adequados do lodo das estações de tratamento de esgoto. Vale destacar ainda que, além de fornecer matéria orgânica para o solo, a transformação do lodo em insumo agrícola evita a liberação de gás carbônico na atmosfera, diminuindo a emissão dos gases que causam o efeito estufa. Outros ganhos do projeto são a redução dos custos com o transporte para disposição final do lodo e o aumento da vida útil dos aterros sanitários.
A Copasa opera atualmente mais de 200 estações de tratamento de esgoto. Só na Região Metropolitana de Belo Horizonte são produzidas mais de 250 toneladas de lodo desidratado por dia. “Nossas ETEs deveriam ser chamadas de fábricas, pois delas é possível tirar várias substâncias que podem ser transformadas em insumos, como o lodo transformado em fertilizantes”, destacou a engenheira sanitarista da Copasa, Frieda Keifer.
A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte (FPMZBH) administra mais de 10 milhões de metros quadrados de áreas verdes, ricas em fauna e flora. A produção e plantio de mudas são essenciais para a manutenção dessa biodiversidade. Por isso, a importância da integração da FPMZBH a esse acordo de parceria, que já conta com a Copasa e a Transplantar Tree, para a comprovação da eficiência do fertilizante produzido pelo Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) Compost Tree.
“Sou muito satisfeito de fazer parte desse projeto. Iniciativas como essa, alinhadas com a agenda ESG, são caminhos para sair da estagnação e buscar a sustentabilidade. Parabenizo Copasa e todos os atores envolvidos nesse projeto”, salientou Ubiratan Nogueira, um dos sócios proprietários da Transplantar Tree.