“Aprender no presente é construir o futuro. O universo do conhecimento e da experiência adquirida pode nos levar aonde quisermos. Ele não tem fronteiras” – Esta foi a mensagem que o satélite do Projeto UbatubaSat levou para o espaço quando foi lançado, no Japão, em dezembro de 2016.
Oito anos depois, o projeto continua vivo na EM Tancredo de Almeida Neves e, recentemente, foi contemplado com uma emenda parlamentar de R$ 200 mil do senador Marcos Pontes. Na última segunda-feira (13), a Secretaria de Educação realizou um encontro para discutir a aplicação do recurso.
A ideia é lançar o segundo satélite do projeto UbatubaSat, chamado de missão Tancredo II. A missão Tancredo II seguirá os passos do seu antecessor, Tancredo I, com a adição de uma nova capacidade: a de capturar imagens da Terra.
O responsável pelo UbatubaSat, professor Cândido de Moura, comentou que o novo projeto ainda está em fase de elaboração, mas a expectativa é de que seja um sucesso, assim como o primeiro.
Para Pontes, a iniciativa é referência. “Eu sonho que o Brasil tenha isso em muitos lugares. Desejo que os jovens olhem e pensem: eu quero fazer aquilo, que é possível fazer”, afirmou o astronauta.
Mais sobre o UbatubaSat
O UbatubaSat é um projeto de educação inédito realizado em escola pública brasileira. A iniciativa começou com uma parceria entre o Instituto Nacional De Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Espacial Brasileira (AEB) e a EM Tancredo para montagem e teste de um satélite de pequeno porte, o Tancredo-1.
Em 2010, o projeto envolveu mais de 90 alunos de quinta série (11 anos). Cerca de oito deles trabalharam diretamente na construção do satélite, que demorou seis anos até o lançamento. Atualmente, a ideia cresceu e turmas são abertas anualmente para dar aulas de eletrônica, mecânica, com recorde de inscrições.
Além disso, os alunos do projeto têm várias oportunidades e colecionam conquistas. Em 2013, os estudantes visitaram a Nasa (agência espacial americana) e apresentaram um artigo científico em um congresso no Japão; Em 2020, na pandemia, contribuíram com um projeto de construção de respirador auxiliar desenvolvido com peças de automóveis pelo engenheiro Arlindo Romero; em 2022, um trabalho de inclusão sobre aulas de eletrônica para estudantes surdos da EM Tancredo conquistou a segunda colocação no Seminário de Práticas Educativas, do XI CICTED – Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento – realizado pela Universidade de Taubaté (Unitau).
Assista o documentário em www.ubatubasat.com.