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Ação é realizada para demolir construções irregulares no entorno do Complexo Penitenciário de Bangu – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Equipes encontraram 700 metros de cabos de fibra ótica – Fábio Costa/Seop

A Secretaria de Ordem Pública (Seop) e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) realizaram nesta quinta-feira, dia 27, a demolição de 19 construções irregulares no entorno do Complexo Penitenciário de Bangu (Gericinó), região que sofre influência do crime organizado e a menos de 250 metros da unidade prisional, em uma área de segurança onde edificações são proibidas por lei. Desses imóveis, 12 estão desocupados e apenas dois habitados e foram assistidos pelas equipes da Assistência Social. Também foram identificadas cinco estruturas que servem como criadouros de animais. Engenheiros da Prefeitura estimam um prejuízo de R$ 2 milhões aos responsáveis. Todos os imóveis foram notificados previamente.

– Essa é mais uma operação para a demolição de construções irregulares, em apoio à Secretaria de Administração Penitenciária e à Polícia Penal. Essas são construções ilegais erguidas às margens do complexo penitenciário. Estão em uma área de segurança do Complexo de Gericinó, e por isso a importância dessa operação preventiva. Então, a Prefeitura, em apoio aos órgãos de segurança, continuará fazendo esse trabalho de prevenção, de ordenamento na cidade e também de apoio à segurança pública – destaca o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.

Durante a operação, os agentes encontraram e apreenderam 14 rolos com quantidades diversas, totalizando 700 metros de cabos de fibra ótica, com características de pertencerem às instalações públicas. Além disso, foram cortadas duas ligações clandestinas, uma de luz e outra de água, com 660 metros de cabos de cobre utilizados nas ligações clandestinas de energia elétrica. Também foram removidas duas carcaças de veículos abandonados.

– A ação de hoje é emblemática e imprescindível para desarticular as ações do crime organizado no entorno do Complexo de Gericinó. Essa operação teve início a partir de um mapeamento da Superintendência Operacional da Seap, que identificou as construções irregulares e a presença de uma organização criminosa na região do Catiri, na Vila Kennedy. O relatório foi encaminhado às autoridades e resultou em reuniões estratégicas com outras forças de segurança pública e com total apoio da Secretaria Municipal de Ordem Pública. Embora uma liminar ainda impeça a remoção de outra estrutura, estamos avançando e continuaremos trabalhando diuturnamente para fortalecer a segurança não somente do Complexo de Gericinó, mas de todo o sistema prisional fluminense – afirmou a secretária de Estado de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel.

Também participaram da operação agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais, Comlurb, Cedae, Light, Rio Águas e Rio Luz.

Ação anterior, em fevereiro, demoliu 22 construções irregulares

Uma outra operação realizada pela Seop, MP, Polícia Militar e Seap, em 25 de fevereiro, demoliu 22 construções irregulares, também nas imediações do Complexo Penitenciário de Bangu e dentro desse cinturão de segurança. De acordo com o MPRJ, as invasões de propriedade e construções clandestinas ao redor do complexo prisional, supostamente orquestradas por uma facção criminosa, facilitam fugas e a entrada de itens proibidos no Complexo de Gericinó.

As operações foram planejadas a partir de um relatório da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-RJ), que aponta que criminosos do Comando Vermelho vêm instituindo bases de atuação no entorno do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, com o objetivo de tomar os bairros próximos para formar um cinturão ao redor das unidades prisionais, onde estão custodiados os principais chefes do grupo criminoso. Essas áreas são utilizadas para práticas ilícitas, como arremesso de drogas e de celulares para dentro das prisões, e podem servir como instrumento para facilitar possíveis fugas.

Prefeitura já havia feito outras demolições na região em 2024

Em agosto de 2024, a Seop realizou uma outra operação naquela região, quando demoliu construções irregulares e desfez um grande loteamento ilegal caracterizado pela expansão de um condomínio. O loteamento e as construções eram ilegalizáveis e ocupavam aproximadamente 150 mil m² em área considerada de interesse público para fins de desapropriação, sendo área de segurança do complexo penitenciário de Bangu.

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  • 27 de março de 2025
  • Marcações: Complexo Penitenciário de Bangu Demolição de construções irregulares Secretaria de Administração Penitenciária Secretaria de Ordem Pública