Um levantamento finalizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social revelou que a Casa de Passagem do município, espaço de acolhimento para pessoas em situação de rua, contabilizou 664 atendimentos ao longo do ano de 2023.
O balanço divulgado nesta semana revela ainda que do total de pessoas atendidas, apenas 86 são residentes do próprio município, sendo os outros 578 atendimentos realizados a pessoas que vieram de outras cidades ou países, como Argentina, Chile, Venezuela e Colômbia.
A Casa de Passagem realiza acolhimento provisório para atendimento de até 12 pessoas em situação de rua, sendo oito vagas masculinas e quatro femininas. Atualmente, o espaço também realiza atendimento durante o dia, com oferta de mais 20 vagas para almoço e higiene pessoal, além de vagas para atendimento de protocolo frente fria, com pernoite em espaços alternativos solicitados por pessoas em situação de rua (conforme encaminhamento pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Serviço de Abordagem Social).
Os dados mostram ainda que 81% do público atendido na casa são do sexo masculino e, desse total, 35% estão na faixa etária entre 30 e 39 anos. Entre os principais motivos apresentados para se estar em situação de rua, foram relatados uso de substâncias psicoativas, abuso de álcool e questões de saúde mental.
Em 2023, mais de 245 pessoas foram encaminhadas de volta para o município de origem ou de seu interesse e outras 112 receberam vale-transporte. Houve também 10 pessoas inseridas no mercado de trabalho.
“Por mais desafiador que seja o atendimento junto à população em situação de rua, algumas experiências são exitosas e nos mostram que não podemos desistir”, destacou Maria Gregório, coordenadora do CREAS.
